Com o objetivo de melhorar a aprendizagem de estudantes de pequenos municípios brasileiros, pesquisadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) estão desenvolvendo a Jornada da Equidade Educacional. A iniciativa foi apresentada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A pesquisadora Alessandra Debone, que coordena o projeto, participa desde a semana passada de reuniões com docentes da universidade americana ligados a Kennedy School of Government e a Harvard Graduate School of Education. Na equipe que integra a criação e desenho da solução estão Gabriela Tamura, Manoela Pereira Miranda e Yara Duque.
“A partir do entendimento dos resultados e do contexto local dos municípios brasileiros, estamos desenhando um programa com propostas de soluções sustentáveis que olham de uma forma sistêmica para os desafios”, explica Alessandra.
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
“Estamos na Universidade de Harvard para apresentar esse programa para alguns professores que vêm trabalhando com políticas públicas e políticas públicas de educação para avaliarem a viabilidade da proposta e contribuir com suas experiências”, complementa a pesquisadora do NEES.
Entre os professores que Alessandra e sua equipe se reuniram estão Emiliana Vegas, Thomas Kane, Candice Bocala e Fernando Reimers da Harvard Graduate School of Education.
Também Matthew Andrews, da Harvard Kennedy School o Government, além de Beatriz Cardoso, presidente do Laboratório de Educação, e José Armando Valente, que tem mais de 30 anos de experiência na construção de políticas públicas em educação com redes municipais.
CONTRIBUIÇÕES
“Esses professores, dentro de suas expertises, estão contribuindo com o nosso programa. A partir do que ouvimos deles vamos aprimorar o programa. Pretendemos implementar um piloto no segundo semestre deste ano”, informa Alessandra.
“A professora Emiliana Vegas compartilhou sua valiosa experiência no uso dos indicadores do GEPD para diagnóstico educacional”, relata Alessandra.
O GEPD (sigla em inglês) é o Painel Global de Políticas Educacionais, uma base de dados para ajudar os países a identificarem prioridades de investimentos e reformas políticas a fim de erradicar a pobreza de aprendizagem.
“Embora esse indicadores forneçam uma visão geral dos fatores-chave que afetam a aprendizagem, ficou claro que é essencial mergulharmos mais nos processos de aprendizagem de cada rede e compreendermos os desafios locais, fator também destacado por Beatriz Cardoso”, destaca Alessandra, enfatizando que “cada comunidade educacional possui suas particularidades e demandas específicas.”
A pesquisadora também participou de reuniões que podem render futuras parcerias e cooperação técnica do NEES com a Universidade de Harvard. Estavam presentes dois fundadores do NEES, Ig Ibert Bittencourt e Seiji Isotani.