Com informações de Lenilda Luna, da Ascom da Ufal
Inteligência artificial, educação, sociedade e o futuro do trabalho. Esse foi o tema da palestra do professor Ig Ibert Bittencourt na aula magna da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Um dos pesquisadores do NEES, Ig é docente da instituição, mas está atualmente ministrando aulas na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, como professor visitante.
Na conversa que teve com alunos e colegas professores da Ufal, realizada de modo remoto, no dia 19 de junho, Ig abordou as mudanças causadas nas relações de trabalho e na formação dos estudantes devido às novas tecnologias digitais. Um dos dados que ele mostrou foi que em 10 anos, as tecnologias digitais, como o chat GPT, vão afetar 65% das profissões no mundo.
“É verdade que o desenvolvimento tecnológico extingue alguns postos de trabalho. Isso vem acontecendo desde a revolução industrial. Mas a proposta é que a automação permita aos trabalhadores que se concentrem em tarefas mais complexas e de maior valor agregado, complementando suas habilidades. Por isso a educação e a qualificação são tão fundamentais neste momento”, destacou o palestrante. A aula magna foi transmitida pelo telão para quem estava no auditório da Ufal em Maceió.
“Por um período, aprendemos em caixas, nos tornando especialistas em conhecimentos específicos. Mas a inteligência artificial é um campo multidisciplinar que envolve a criação de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Isso significa também que as nossas pesquisas e o desenvolvimento de habilidades serão cada vez mais colaborativos. A adaptação se torna crucial nesse contexto”, ressaltou Ig Ibert.
Para tranquilizar os estudantes preocupados sobre como a inteligência artificial pode afetar o futuro profissional deles, Ig Ibert destacou que a automação pode levar à transformação de empregos, em vez de extingui-los por completo.
“À medida que algumas tarefas são automatizadas, novas funções surgem, exigindo habilidades diferentes. A IA pode ser vista como uma ferramenta para melhorar a capacidade humana, em vez de substituí-la. A colaboração entre humanos e máquinas pode levar a soluções mais eficientes e inovadoras, combinando as habilidades cognitivas e criativas dos seres humanos com o poder de processamento e a análise de dados das máquinas”.
Você pode ver um pouco mais de como foi a palestra no YouTube: clique aqui!
Foto: Ascom/Ufal