Um dos mais importantes centros de referência em inovação e implementação de políticas públicas educacionais do Brasil, o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) passa a contar, a partir deste mês de setembro, com uma nova estrutura organizacional. Ligado ao Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o NEES completa 13 anos de existência baseado em quatro pilares: notoriedade, excelência, educação e sustentabilidade.
A nova estrutura foi apresentada às principais lideranças durante o Workshop de Celebração e Reestruturação do NEES, realizado em Maceió nos dias 29 e 30 de agosto. Participaram cerca de 50 pessoas, presencialmente e remotamente. As reuniões ocorreram no Jatiúca Hotel & Resort, no bairro da Jatiúca. Uma das novidades é a criação da Diretoria de Políticas Públicas e Inovação, que será comandada por Alessandra Debone, que já liderava outros projetos no Núcleo.
CONSELHO ADMINISTRATIVO
Com a reestruturação, deixam de existir no organograma do NEES os cargos de diretor e vice-diretor geral, ocupados até então por Ig Bittencourt e André Magno, respectivamente. Volta a funcionar o Conselho Administrativo, maior instância na governança do NEES. O Conselho será composto por seis pesquisadores: os três fundadores do núcleo – Ig Bittencourt, Seiji Isotani e Alan Pedro, além de Diego Dermeval, Leonardo Marques e Edmilson Fialho.
A presidência do colegiado, pelos próximos dois anos, ficará a cargo de Diego Dermeval, que está no NEES desde os primeiros anos do núcleo. Como o professor está atualmente nos Estados Unidos, na Harvard Graduate School of Education, para um pós-doutorado, Seiji Isotani vai ocupar a presidência temporariamente até fevereiro de 2025, quando Diego voltará para o Brasil.
“A ideia do conselho é ajudar para que as novas lideranças do NEES cresçam e decolem. É um novo passo para que o NEES cresça ainda mais, para atender mais pessoas, mais projetos, promovendo mais impacto para a educação”, destacou Diego, que participou do workshop remotamente. A composição do conselho é vitalícia. A cada dois anos mudará apenas o presidente.
DIRETORIAS
Abaixo do Conselho Administrativo estão duas diretorias. A Executiva, que já funcionava e continuará sob o comando de Edmilson Fialho, e a nova, de Políticas Públicas e Inovações, com a liderança de Alessandra Debone. E submetidas a essas duas diretorias estarão três gerências: de Administração, de Projetos e de Inovação e Novos Negócios.
“Somos um centro de inovação e a inovação move o nosso destino, o nosso percurso. O NEES cresceu e precisa inovar. Para que a gente possa seguir atendendo as demandas da educação brasileira, essa reestruturação é uma ferramenta necessária para que o NEES continue crescendo e impactando a educação”, explicou Fialho.
A Gerência de Administração estará ligada à Diretoria Executiva, e foi subdividida em cinco áreas: administração dos projetos; controle/compliance; sistema de gestão integrada; gestão de portfólios e cultura/governança.
A Gerência de Projetos, conforme o novo organograma do NEES, terá quatro subáreas: gestão de projetos, infraestrutura, qualidade dos projetos e escritório de projetos.
Já a Gerência de Inovação e Novos Negócios ficará ligada à Diretoria de Políticas Públicas e cuidará de três áreas: marketing e comunicação externa; novos produtos; e Inteligência de Negócios.
Dessas três gerências, somente a de Projetos já tem definida quem vai ocupá-la: André Magno, que foi vice-diretor geral pro tempore. O Conselho Administrativo ainda não anunciou os titulares das outras duas gerências.
“O NEES vem trabalhando com diversas políticas de grande impacto na educação do Brasil, como por exemplo o PNLD e mais recentemente o Programa Pé-de-Meia. Sempre fomos vistos como um parceiro de desenvolvimento de tecnologia e de inovação. Estamos avançando não só para desenvolver essa tecnologia, mas como essa tecnologia pode estar agregada dentro de um processo de design e implementação de políticas públicas”, ressaltou a diretora de Políticas Públicas e Inovações, Alessandra Debone.
FUTURO
O NEES reúne 745 bolsistas, dos quais mais de 150 são doutores e pós-doutores de 41 universidades brasileiras e estrangeiras. Há parcerias com importantes instituições de referência como as Universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e de Oxford, na Inglaterra. As ações e projetos do núcleo já impactaram mais de 30 milhões de estudantes e um milhão de docentes de escolas públicas brasileiras.
“Um dos grandes desafios do NEES é se reestruturar internamente, de forma que a gente consiga crescer no sentido de criar hubs de inovação em diferentes partes do país e do mundo para que continuemos com o objetivo de melhorar a educação brasileira”, afirmou Seiji Isotani.
“Outro desafio de implementar políticas públicas é conseguir alcançar as crianças e os professores do nosso país. Não adianta fazer isso só olhando de cima. Então nos próximos cinco anos pretendemos criar hubs de inovação em todos os Estados brasileiros, representações do NEES para que apoiemos mais ainda a educação”, complementou Seiji.