Até 2026, o governo federal planeja oferecer internet de qualidade para toda a rede pública de educação básica do País, beneficiando alunos de 138,3 mil escolas brasileiras. Para isso, lançou nesta terça-feira (26) a Estratégia Nacional Escolas Conectadas. A iniciativa será coordenada pelos Ministérios da Educação (MEC) e das Comunicações e terá investimento de R$ 8,8 bilhões. A direção do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) participou da solenidade de lançamento, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“É um momento de imenso orgulho para o NEES. Fomos convidados para o lançamento da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, um reconhecimento direto dos projetos significativos que temos desenvolvido. Isso ressalta nosso alinhamento envolvendo transformação digital e pesquisa científica com as estratégias nacionais de educação e a nossa dedicação em trazer contribuições para a educação do Brasil”, ressaltou o diretor geral do NEES, Alan Pedro.
Estavam com ele o vice-diretor geral do NEES, Diego Dermeval, e os professores André Magno e Thiago Cordeiro, que além de também integrarem o NEES lecionam na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O NEES completou 12 anos de fundação neste mês de setembro e é ligado ao Instituto de Computação da Ufal. Os projetos realizados pelo núcleo ou as políticas públicas apoiados pelo grupo já beneficiaram mais de 30 milhões de estudantes, um milhão de professores e 180 mil escolas no Brasil.
Na cerimônia em Brasília, bastante prestigiada, estavam sete ministros, entre eles o da Educação, Camilo Santana, e das Comunicações, Juscelino Filho. O Nordeste vai ser a região com maior quantidade de unidades de ensino com conectividade de qualidade, um total de 49.953 colégios públicos. Em seguida será o Sudeste, com 40.365 escolas; o Norte, com 20.366; o Sul, com 19.826 unidades de educação; e o Centro-Oeste, com 7.845 instituições.
O PROGRAMA
Segundo o MEC, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas será executada em cinco eixos: disponibilizar energia elétrica por rede pública ou fonte renovável em todas as escolas, visando garantir a disponibilidade de energia elétrica na escola durante todo o dia e expandir a tecnologia de acesso à internet de alta velocidade mediante a implantação e manutenção de rede de fibra ótica, de satélites e outras soluções de alta velocidade.
Também contratar serviço com velocidade que permita o uso de vídeos, plataformas educacionais, áudio, jogos, entre outros recursos; disponibilizar rede sem fio segura para acesso à internet nos ambientes escolares para que turmas inteiras conseguem se conectar simultaneamente à rede Wi-Fi para uso pedagógico; e oferecer equipamentos e dispositivos eletrônicos portáteis de acesso à internet nos parâmetros adequados.
EQUIDADE
O MEC destaca que as escolas públicas serão conectadas por fibra óptica ou via satélite com uma velocidade adequada para fins pedagógicos. O governo federal enfatiza que o programa promoverá “a equidade de oportunidades no acesso às tecnologias digitais” e que “mais do que conectar as escolas, é preciso buscar uma transformação digital no processo de ensino e de aprendizagem”.
Equidade e transformação digital são temas que norteiam as ações do NEES. “Desde que criamos o NEES, em 2011, o nosso foco é causar transformação social através da educação. Nesses 12 anos, promovemos impactos positivos para a sociedade“, observa Alan Pedro.
Ele cita, por exemplo, que o NEES levou tecnologia e resultados para 180 mil escolas do País através do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), do MEC. “Também trabalhamos em diversas outras iniciativas, como o Guia de Tecnologias Educacionais e o Plano Nacional de Educação Especial. Contribuímos muito fortemente na modelagem de políticas públicas“, complementa o diretor geral do NEES.