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Aos 12 anos, NEES lidera o desenvolvimento de tecnologias e inovação em políticas públicas na educação

13 de setembro de 2023

Alan, Ig e Seiji, ambos em pé sorrindo para a foto
Os pesquisadores Alan Pedro, Ig Bittencourt e Seiji Isotani fundaram o NEES em 2011, com o objetivo de causar transformação social através da educação

Mais de 30 milhões de estudantes, um milhão de professores e 180 mil escolas no Brasil. Esse é o universo de beneficiados pelas pesquisas e projetos realizados pelo Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), ou pelas políticas públicas apoiadas pelo grupo. Vinculado ao Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o NEES completa 12 anos nesta quarta-feira (13) com o desafio de cada vez mais fazer com que a tecnologia contribua na melhoria da aprendizagem e de práticas pedagógicas e na promoção da equidade, qualidade e inclusão na educação pública brasileira.

“Desde que criamos o NEES, em 2011, o nosso foco é causar transformação social através da educação. Nesses 12 anos, promovemos impactos positivos para a sociedade. Trouxemos para o Brasil uma autonomia no desenvolvimento de tecnologias educacionais. Isso foi importante porque hoje temos o mesmo nível de inovação de países desenvolvidos, como o Japão e Estados Unidos, entre  outros”, ressalta o diretor geral e um dos fundadores do NEES, Alan Pedro

“Conseguimos, por exemplo, levar tecnologia e resultados para 180 mil escolas do País através do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), do MEC, o programa mais antigo do Brasil que fez 85 anos. Também trabalhamos em diversas outras iniciativas, como o Guia de Tecnologias Educacionais e o Plano Nacional de Educação Especial. Contribuímos muito fortemente na modelagem de políticas públicas”, complementa Alan

Uma das metas do NEES é, até 2030, ser referência nacional em transformação digital na educação. Atualmente o núcleo lidera no País o desenvolvimento de tecnologias e inovação em política pública e é um dos maiores grupos de pesquisa do Brasil.

TIME QUALIFICADO

O NEES conta com um qualificado time de 165 pesquisadores e professores de diversas áreas (ciência da computação, engenharia da computação,  análise de sistema, psicologia, design gráfico, jornalismo, engenharia mecatrônica,  administração, economia, pedagogia, letras, direito, ciências contábeis). A formação multidisciplinar dos pesquisadores, ligados a universidades brasileiras e estrangeiras, é um dos principais diferenciais do grupo. Há também 343 alunos de graduação e pós-graduação.

O núcleo contabiliza mais de mil artigos publicados, 130 prêmios e 50 softwares ou patentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Com foco na inovação social e no potencial transformador da informática aplicada à educação, o NEES atua em quatro principais pilares: pesquisa aplicada, políticas públicas educacionais, empreendedorismo social e educação e comunicação pública da ciência e da tecnologia.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Para Alan Pedro, um dos destaques atuais do NEES é a liderança internacional em inteligência artificial na educação. “Tanto que a gente está trazendo um dos maiores eventos do mundo para o Brasil no próximo ano, junto com os colegas da UFPE, UFRPE, UFAM e César School. Isso é bom porque, do ponto de vista econômico, não precisamos importar tecnologia. É um grande ganho”, observa o diretor geral do NEES.

Ele se refere à maior conferência internacional de Inteligência Artificial aplicada à educação, a International Conference on Artificial Intelligence in Education (AIED), programada para acontecer no Recife entre 8 e 12 de julho de 2024. Será a primeira vez que um país da América Latina sediará o evento. Dois pesquisadores do NEES, Ig Bittencourt e Rafael Ferreira Mello, estão na comissão organizadora.

“Para nós do NEES, um dos desafios será nos manter nessa liderança internacional, em pesquisa com inteligência artificial, mas a gente tem ampliado os nossos horizontes no sentido de trabalhar também com a implementação de política pública, nos tornar líderes nessa área. Então, para os próximos dez anos vamos trabalhar no fortalecimento do NEES nessas competências”, explica Alan Pedro.

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