Um dos fundadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ig Ibert Bittencourt é o mais novo membro do comitê executivo da Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação (International Artificial Intelligence in Education Society, IAIED).
É o segundo pesquisador brasileiro a integrar esse comitê. O primeiro é Seiji Isotani, que também é do NEES e foi um dos criadores do núcleo juntamente com Ig e Alan Pedro, atual diretor geral do NEES. Seiji integra o comitê desde 2022 e ficará até 2027.
A Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação (IAIED) existe há 30 anos (foi criada em 1993) e reúne importantes pesquisadores do mundo todo. É uma comunidade interdisciplinar que envolve ciência da computação, educação e psicologia.
Promove pesquisa e desenvolvimento de ambientes de aprendizagem interativos e adaptativos para alunos de todas as idades, em todos os domínios, com uso da inteligência artificial.
A IAIED também é responsável pela organização de uma conferência internacional a cada dois. A próxima edição será no Recife, capital de Pernambuco, entre os dias 8 e 12 de julho deste ano. Ig é um dos presidentes gerais do evento. Divide a missão com Olga C. Santos, atual presidente da IAIED.
ELEIÇÃO
Além de Ig, outros sete pesquisadores foram eleitos para compor o Comitê Executivo. Uma das tarefas do grupo é apoiar o desenvolvimento da IA na Educação em toda a comunidade internacional.
Segundo Ig, os candidatos são indicados por outros membros da sociedade e é aberta uma votação global. Os oito mais votados integram o comitê por um período de seis anos. A eleição ocorreu no final do ano passado. Portanto, esses oito pesquisadores ficarão no grupo até 2029.
“Minha participação no comitê é importante porque a minha luta é pela ampliação do conhecimento de pessoas do sul global na comunidade global de área de educação”, destaca Ig, que está fazendo pós-doutorado na Escola de Educação da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
“Muitos debates ocorrem centrados em uma visão americana e europeia e o que eu defendi para entrar no comitê executivo é tentar fazer uma ponte entre uma comunidade que pensa para além dos Estados Unidos e da Europa”, explica o pesquisador do NEES.
“Uma comunidade onde pensa diversidade, equidade e inclusão de pesquisadores do mundo inteiro e, consequentemente, aumentando o potencial de impacto dessa comunidade na educação em ambientes que têm restrição de recursos”, complementa Ig.