Cametá, no Pará, Região Norte do Brasil, é a terceira cidade a receber a Jornada da Equidade Educacional. A iniciativa, realizada pelo Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é voltada para ajudar municípios brasileiros de pequeno porte a melhorarem a aprendizagem dos seus estudantes e vencerem outros problemas educacionais.
A jornada já acontece nas cidades de São Sebastião, que fica em Alagoas; e Limoeiro, no interior de Pernambuco, ambas no Nordeste. Em Cametá, a rede municipal de ensino tem 197 escolas onde estudam cerca de 31 mil alunos e lecionam 2.194 professores.
Em dezembro do ano passado a equipe do NEES, coordenadores e gestores da Secretaria Municipal de Educação de Cametá fizeram o mapeamento dos principais desafios na área educacional da cidade.
Na última terça-feira (06), a Jornada da Equidade Educacional teve mais uma etapa. Desta vez houve a discussão para ações de intervenção para resolver um dos problemas elencados: a comunicação entre gestão, professores e a comunidade escolar.
O secretário municipal de Educação, Ênio de Carvalho, aprovou as sugestões e destacou a importância de uma proposta pedagógica baseada em evidência no município. A previsão é a partir de março colocar em prática as intervenções.
Do NEES integram a Jornada da Equidade Educacional os pesquisadores Alessandra Debone, Marielle Azoubel, Ig Bittencourt, Yara Duque, Klebson Carmo e Carlos Portela.
EXPECTATIVA
“Das nossas 197 escolas, só 19 ficam na zona urbana. As demais, 178, estão na zona rural. São escolas do campo, quilombolas, ribeirinhas e muitas ficam distantes da sede do município. A questão geográfica é complexa, o que acaba dificultando o acesso da secretaria”, explica a coordenadora da Divisão de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação de Cametá, Andréia Rodrigues Moreira.
“A Jornada ofertada pelo NEES é muito importante para o nosso município porque vem nos auxiliar a desenvolver soluções efetivas para a melhoria da aprendizagem dos nossos alunos”, destaca Andréa. Segundo ela, foram escolhidas cinco escolas para o projeto piloto, sendo uma na cidade, duas ribeirinhas, uma quilombola e outra escola do campo.
“A Jornada é, sem dúvida, uma parceria muito importante para a educação de Cametá. Nós, enquanto secretaria, estamos realmente muito envolvidos, empolgados e esperançosos com essa parceria do NEES. Esperamos solucionar esses desafios que elencamos no mapeamento. Esperamos também alcançar as metas que nos propomos”, afirma a coordenadora.