Mais um pesquisador do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) se destacou no Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE), realizado no início deste mês em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O trabalho de Breno Felix ficou em 1º lugar entre as dissertações de mestrado.
O título da sua pesquisa foi “Os sistemas de tutoria gamificados prejudicam a diversidade sexual? Um estudo experimental com estereótipo cis-heteronormativo (Do gamified tutoring systems hinder sexual diversity? An experimental study with cis-heteronormative stereotype)”.
Breno concluiu o mestrado em informática no Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde atua como pesquisador. Contou com a orientação de Ig Bittencourt, um dos fundadores do NEES e que está como professor visitante na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O professor da UFERJA Geiser Chalco Challco foi o co-orientador da pesquisa. Marcelo Reis ajudou na condução do experimento. Ambos são também pesquisadores do NEES.
O CBIE é promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e reuniu cerca de 700 pessoas com atividades e debates em torno do tema “Uma escola para o futuro: tecnologia e conectividade a serviço da educação”.
“Fiquei surpreso e bastante emocionado com a premiação. Por eu fazer parte da comunidade LGBTQIA+ escolhi um tema para a dissertação que é pouco abordado em tecnologia, uma área cheia de conceitos heteronormativos, machistas e às vezes preconceituosos”, destaca Breno.
Na sua pesquisa, ele criou dois sistemas gamificados. Um com a interface de esterieótipos cis-heteronormativos e outro com características do público LGBTQIA+. “Concluí que a expectativa de desempenho e a experiência eram maiores para os participantes em que o sistema que eles acessaram estava alinhado com suas orientações sexuais. E que estereótipos são determinantes para a permanência da diversidade em STEM”, explica Breno.