“Boas práticas de governança de dados no setor público”. Esse foi o tema de palestra ministrada pelo pesquisador do NEES André Magno na Superintendência da Controladoria Regional da União no Estado de Alagoas (CGU) no último dia 12 de setembro em Maceió. Também professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), André relatou a experiência de projetos do NEES que envolvem transparência, boas práticas na área de gestão de dados e processamento de sistemas de softwares.
“A aproximação entre a academia e os órgãos de controle é fundamental para avançarmos no desenvolvimento de soluções que fiscalizem e otimizem a execução de políticas públicas. Foi muito rico, tivemos uma discussão bastante proveitosa”, destaca André. Ele falou sobre integração, interoperabilidade, técnicas de armazenamento e recuperação, segurança e privacidade de dados. “Todos esses assuntos fazem parte do portfólio de projetos executados por nós do NEES”, explica o pesquisador.
“A CGU chamou essa pauta exatamente porque a governança de dados hoje é extremamente importante para as instituições públicas e também para os órgãos de controle. É uma forma de administração que integra processos, obrigações, políticas, padrões e métricas. E é por meio da governança que cada instituição pode melhorar os processos internos, aumentar a competitividade e a transparência na prestação de contas, além de cumprir o que estipula as legislações”, afirma o professor da Ufal.
André lembra que a CGU, por ser um órgão de controle, precisa auditar e fiscalizar dados que são processados por sistema de software. “Quando se tem uma boa gestão da governança de dados, aumenta a transparência e a confiança no serviço do Estado, gera mais organização e garante maior qualidade dos produtos e dos serviços que são ofertados”, enfatiza o pesquisador.
DESAFIOS
Entre os principais desafios da governança, André Magno elencou, na sua palestra na CGU, estão o alto volume de informações que são processadas, a segurança da informação, a forma como os dados são armazenados e os recursos humanos tanto na implantação de governança de dados como na tomada de decisão.
“Abordei o que nós, pesquisadores da academia, estamos fazendo, o que estamos pesquisando para proporcionar que os órgãos de controle de instituições governamentais consigam atingir a excelência na governança de dados. Como a universidade pode fornecer mecanismos para que isso seja possível”, afirma André.