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Plataforma que usa inteligência artificial auxilia professores na correção de redações

24 de maio de 2023

Por meio do uso da inteligência artificial, professores do ensino fundamental de escolas públicas brasileiras contam com uma ferramenta gratuita para ajudá-los na tarefa de corrigir redações dos seus alunos.

Plataforma criada por pesquisadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) permite que textos dos estudantes sejam corrigidos a partir da avaliação do professor que usa como referência respostas dos próprios alunos. Além de auxiliar na correção, a ferramenta identifica os erros mais frequentes em cada turma. 

Mais de um milhão de redações já foram corrigidas este ano utilizando a plataforma. Nas cidades de Arapiraca e Girau de Ponciano, ambas em Alagoas, o NEES está realizando uma avaliação para medir o impacto do projeto. 

O sistema tem duas versões, uma para turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e outra para estudantes do 6º ao 9º ano. A novidade é que os pesquisadores estão desenvolvendo uma terceira versão para o ensino médio.

COMO FUNCIONA

O professor tem acesso a um aplicativo de celular onde todos os alunos matriculados na turma dele já estão inseridos. A partir desse aplicativo, o docente tira uma foto de cada redação (que foi escrita pelo discente em um papel comum) e o sistema faz o processamento. 

“Após o processamento, o professor recebe um feedback que pode ser focado em um aluno ou na turma toda. Um dos diferenciais da plataforma é utilizar inteligência artificial com poucos recursos tecnológicos e sem a necessidade de acesso à internet constante”, ressalta o pesquisador Rafael Ferreira, um dos coordenadores do projeto.

Por meio de algoritmos, a ferramenta criada pelos pesquisadores do NEES corrige as redações dos estudantes observando o uso correto da gramática, coerência textual e coesão, entre outros aspectos. Para isso, o sistema criou um modelo baseado nos mesmos critérios seguidos pelos avaliadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na prova de redação.

“A plataforma também possui uma comunidade onde os professores podem compartilhar materiais relacionados aos temas abordados nas redações”, explica Rafael, que é docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

POLÍTICA PÚBLICA

O desenvolvimento da ferramenta começou em abril de 2022 como parte do programa Brasil na Escola, com o objetivo de auxiliar na recuperação de aprendizagem por conta da pandemia de covid-19. Envolve pesquisadores de pelo menos 10 universidades brasileiras.

“Faz parte de um conjunto de projetos do NEES que tem relação com recuperação de aprendizagem, prevenção de evasão, educação híbrida e sistema de frequência escolar. Todo esse ecossistema vai dar suporte a várias políticas públicas que vêm sendo desenvolvidas pelo Ministério da Educação”, enfatiza Rafael.

A ferramenta está disponível para qualquer escola pública utilizar através da plataforma integrada Brasil na escola, acesse aqui!

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